quinta-feira, 26 de maio de 2011

Lendas (Parte V) - Cobra Grande e o Serpentário

Numa tribo do Amazonas, havia uma mulher tão má que até devorava crianças.
Um dia, a tribo decidiu atirá-la no rio, para que morresse afogada e nunca mais perseguisse alguém.
Porém o Anhangá, espírito protetor de animais e fêmeas grávidas, decidiu salvá-la.

Casou-se com ela, deu-lhe um filho e transformou o menino em cobra, para que pudesse viver dentro do rio.
Mas logo a cobra começou a crescer, crescer... e o rio tornou-se pequeno para abrigá-la.
Devorados por ela, os peixes iam desaparecendo. Durante a noite, como se fossem faróis, seus olhos iluminavam os rios e as praias, vagando fosforescentes na busca por homens e caça para devorar.
Aterrorizadas, os índios deram-lhe o nome de Cobra Grande.

No dia que a mãe da Cobra Grande morreu, sua dor manifestou-se por um violento ódio.
De seus olhos brotaram flechas de fogo que, atiradas contra o céu escuro, transformaram-se em raios.
A partir deste dia, a Cobra Grande se recolheu.
Crê-se que viva adormecida debaixo das grandes cidades. E, só acorde durante as grandes tempestades,
para assustar com a luz dos relâmpagos, e para anunciar o verão no céu em forma de Serpentário (constelação boreal).

Um comentário:

  1. Jhu-Ybotira: encanto. Lhe agradeço o valor de postar as lendas que nos constituiram e que retrtatam um povo - o povo indígena que necessita ser pensado com carinho, respeitoe deseja do direito à terra e a autodetee4rminação.
    abraços, gosta muito das lendas, com carinho, jorge

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