quinta-feira, 12 de abril de 2012

Lendas (Parte VII) - A Origem do Fogo

No inicio do mundo, a única fonte de calor era o sol. Os homens não podiam defender-se do frio e os alimentos eram comidos crus. Só Minarã, um estranho índio, conhecia os segredos do fogo e os guardava só para si. A cabana de Minarã, onde o fogo era guardado sempre aceso, era vigiada por sua filha Iaravi. Para descobrir o segredo do fogo, o guerreiro Fiietó transformou-se numa gralha branca e voou até a cabana de Minarã. Iaravi estava no rio banhando-se. A gralha caiu na água e deixou a correnteza levá-la para perto da jovem. Iaravi pegou a gralha, levou-a para dentro da cabana e colocou ao lado do fogo para que secasse. Quando as penas secaram, a gralha roubou um carvão em brasa e fugiu. Minarã perseguiu Fiietó mas não o encontrou pois ele se escondera numa caverna. Quando saiu do esconderijo, ainda como gralha, Fiietó voou até um pinheiro e, com a brasa, incendiou um ramo de sapé. Depois, voou na direção de sua aldeia, levando o ramo no bico. Como o ramo era pesado e o vento soprava aumentando sua chama, era difícil transportá-lo. Fieetó, então, decidiu arrastá-lo pelo mato e acabou provocando um grande incêndio. A floresta ardeu em chamas durante muitos dias. Vendo o incêndio, índios de todas as tribos foram buscar brasas e tições e levaram para suas casas que, desde então, passaram a ter suas próprias fogueiras sempre acesas.

Essa é uma lenda Kaingang